“Eu sofro, não somente no espírito, mas na carne e na minha alma de todos os dias.”

O sofrimento é o coeficiente invariável em Artaud, ele era predestinado a doença, tendo desde pequeno problemas de saúde. Sendo assim esse mal era em primeiro lugar físico e depois ransforma-se pouco a pouco numa spécie de lamento obsedante em que o fisico o mental não mais de dissociam.
É a dor corpórea projetada sobre a vida mental. Para ele todos os seus males se reduzirão ao Mal único, ao sofrimento único de existir. Muito depressa nasce também a certeza de uma maldição e a convicção de que o sofrimento não provém do seu próprio ser, mas de uma vontade má que o atinge do exterior.

Ele procura tornar seu caso inteligível, traduzi-lo numa linguagem compreensível, propõe uma espécie de transição direta de seu estado interior.E ele recorre instintivamente ao teatro. Por quê? Porque a expressão dos antagonismos contitui o principio de todo teatro, mas sem dúvida também na esperança de destravar o conflito interior representando-o, isto é, projetando-o fora de si.
Alan Virmaux
Nenhum comentário:
Postar um comentário