“Se o teatro é um duplo da vida, a vida é um duplo do verdadeiro teatro. "

Assim como o sofrimento, o confronto é uma regra na vida do Artaud, que expressa isso principalmente em seus escritos. Não é de espantar, portanto, que ele tenha pensando a vida e o universo em termos de dualidade.
A dualidade dos termos impõe ora a idéia de um conflito (“ O Teatro de Alfred Jarry e a Hostilidade Pública”), (“Teatro Oriental e Teatro Ocidental”, “O Teatro e a Psicologia”), ora a de uma aliança( “ A direção e a Metafísica”) ou de uma identificação (“ O Teatro e a Peste” “ O Teatro e a Crueldade” ).Ainda assim, em todos os casos, um dialogo se estabelece, um progresso nasce da oposição, cada um dos dois termos se apóia sobre o outro. Assim Artaud é levado a ver o mundo e a si próprio em termos de dualidade. Um homem que confia em uma interação da vida e do teatro, e que vê no teatro em uma espécie de projeção do que deveria ser a vida. O teatro e seu Duplo não se estabelece uma relação simplesmente metafórica e verbal, mas uma relação da identidade.Os Duplos, com efeito, são múltiplos e se entrecruzam indefinidamente.








